Como está o mercado de trabalho para as carreiras criativas e como se destacar nessas áreas?

A criatividade é uma competência importante para diferentes áreas, afinal, ao “pensar fora da caixa” e inovar, você alavanca sua carreira. Mas, dentro desse cenário, vale ressaltar que existem segmentos em que ser criativo se torna uma característica do trabalho.

Saiba que, além das áreas artísticas, existem outros ramos do mercado que permitem ao profissional desenvolver novas ideias e dar o seu toque pessoal no trabalho. E, o mais interessante, é que as chamadas carreiras criativas estão cada vez mais valorizadas.

Quer entender melhor sobre o assunto? Então confira como está o panorama da indústria criativa no Brasil e como ter sucesso nessas carreiras.

Quais são as áreas criativas?

Uma área criativa é aquela em que a criatividade é um fator imprescindível para a realização de um trabalho. Aqui fica fácil associar ao trabalho do artista plástico ou ainda das pessoas que atuam com artes cênicas.

Contudo, esse mercado, denominado de indústria criativa, é mais amplo e envolve até mesmo algumas carreiras de tecnologia, visto que a criatividade pode ser desempenhada de diferentes maneiras, como:

  • usar a imaginação em um projeto;
  • resolver problemas com um novo jeito de pensar;
  • criar novos produtos, processos ou serviços;
  • sugerir o uso inusitado para algum material.

Acompanhe a seguir as principais áreas relacionadas à produção criativa segundo o Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, publicado em 2022, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Carreiras criativas:

Cultura:

  • Expressões Culturais;
  • Artes Cênicas;
  • Música;
  • Patrimônio e Artes.

Consumo:

  • Moda;
  • Publicidade e Marketing;
  • Arquitetura;
  • Design.

Mídia:

  • Editorial;
  • Audiovisual.

Tecnologia:

  • TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação);
  • Biotecnologia;
  • Pesquisa e Desenvolvimento.

Como está o mercado da indústria criativa?

Quando se fala de criatividade, estamos nos referindo a algo intangível e é justamente essa característica que torna a indústria criativa destaque na economia do futuro. Isso porque são áreas que visam trazer soluções para melhorar a experiência dos consumidores, para tornar o planeta mais sustentável e para mapear tendências.

Para compreender o panorama do mercado das carreiras criativas vamos utilizar o mapeamento da Firjan, que cobre o período entre os anos de 2017 e 2020. Logo, o ano final de análise do documento foi atípico devido à pandemia da COVID-19.

Em relação ao aspecto produção, a participação das áreas criativas na economia brasileira vem crescendo desde a década de 2000. Especificamente entre 2017 e 2020, a participação do PIB Criativo no PIB do Brasil passou de 2,61% para 2,91%. Em 2020, o mapeamento mostra que o PIB Criativo somou R$ 217,4 bilhões.

Considerando o mercado de trabalho, em 2020, o país tinha mais de 935 mil profissionais criativos formalmente empregados, dado que corresponde a um aumento de 11,7% em relação ao ano de 2017. Cabe ressaltar que muitos profissionais atuam como pessoa jurídica, por isso podemos dizer que o número de pessoas que trabalham na indústria criativa pode ser ainda maior.

Quando o assunto é remuneração, dados da publicação da Firjan apontam que os profissionais criativos são bastante valorizados pelas empresas, sendo que a média salarial, em 2020, foi de R$ 6.926,00, valor 2,4 vezes superior à média de remuneração na economia do país.

Por fim, em relação à participação da indústria criativa nos estados, São Paulo e Rio de Janeiro figuram como os mais representativos nesse setor em 2020.

Como ter sucesso nas carreiras criativas?

Como foi mostrado, existe uma heterogeneidade quando se fala em áreas criativas. Nesse contexto, o setor de consumo e o de tecnologia são os mais fortes — oferecendo mais postos de trabalho, oportunidades e salários mais altos, — diferentemente da área de cultura e mídia.

Mas é possível construir uma carreira de sucesso como profissional criativo independentemente da sua área. Veja algumas dicas:

Invista no aprendizado contínuo

Ser criativo é ter um novo jeito de pensar, exercitando a imaginação, ou seja, uma competência de caráter subjetivo. Entretanto, isso não quer dizer que os profissionais dessas áreas devem apenas depender de sua capacidade criativa.

Pelo contrário: as empresas ou clientes (para quem atua de forma autônoma) buscam profissionais que se mantenham atualizados, acompanhando novas técnicas, tendências, materiais, programas e equipamentos de sua área.

Então, é importante deixar o radar sempre ligado para não perder eventos e cursos relacionados ao seu segmento. Se quiser saber mais sobre a prática do lifelong learning, temos outros conteúdos sobre este assunto aqui no blog!

Seja curioso e observador

É importante sempre exercitar a criatividade e você pode fazer isso ampliando seu olhar, ou seja, observando os lugares por onde passa, produtos e até o comportamento das pessoas. Ser curioso, buscando respostas para entender sobre diferentes assuntos, também é necessário para abrir sua mente.

Crie seu portfólio

Como foi falado, a criatividade é algo intangível, por isso é importante que você tenha como mostrar seu trabalho visualmente, com imagens e vídeos. Então, crie um portfólio digital para apresentar seus projetos em detalhes e, assim, ter um material para apresentar para empresas e clientes.

Tenha um CNPJ

Muitos profissionais criativos, como os das áreas de artes e comunicação, optam pelo trabalho como freelancer, buscando, assim, ter uma rotina mais flexível. No entanto, para captar clientes, é fundamental ter um CNPJ e, com isso, emitir nota fiscal para não perder nenhuma oportunidade.

Para quem está começando, em muitas áreas é possível abrir uma empresa como MEI (microempreendedor individual), um regime simplificado, no qual a tributação não pesa tanto no bolso do empreendedor.

Como você viu, é possível construir uma trajetória ascendente no mercado de carreiras criativas. Saiba que, além das dicas acima, é importante ainda desenvolver habilidades interpessoais, como empatia, boa comunicação e inteligência emocional, na hora de lidar com seus clientes ou gestores.

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Conteúdo produzido pela Symplicity Brasil e PUC Carreiras