O que é e como funciona uma startup?

No universo corporativo, falar em startup é um assunto que gera muita curiosidade, até porque muitas delas chegam a valer mais de US$ 1 bilhão, recebendo a denominação de unicórnios.

No Brasil, esse modelo de negócio está em expansão, visto que as startups daqui foram responsáveis pela contratação de mais de 100 mil profissionais em 2021 de acordo com o Relatório Wrapped Brazilian Startups.

O levantamento aponta ainda que, em 2021, o capital investido nas startups brasileiras foi histórico, sendo que o investimento passou de uma média de US$ 5,5 milhões no ano anterior para US$ 13,7 milhões.

Se você tem perfil empreendedor, precisa entender o que é uma startup, como ela funciona e as principais diferenças para uma empresa tradicional. Confira tudo a seguir!

O que é uma startup?

A startup pode ser definida como um modelo de negócio inovador, voltado para um nicho que ainda não foi “descoberto” no mercado. Dessa maneira, são empresas que enxergam uma necessidade do público que ainda não foi atendida e aqui é fácil de exemplificar, pois basta pensar no espaço ocupado por Netflix, Uber, Nubank ou Google.

Vale destacar que são as empresas nascentes que se encaixam nesse formato de negócio, por isso, depois que elas se consolidam no mercado, deixam de ser chamadas de startups. Sendo assim, falamos que a Uber começou como uma startup.

As startups podem estar direcionadas para qualquer segmento de mercado, no entanto, mesmo que elas não sejam especificamente do setor tecnológico, contam com processos digitais para realizar suas atividades.

Quando surgiu esse formato de empresa?

Esse modelo de negócio com ideias inovadoras teve início nos Estados Unidos, nas empresas de alta tecnologia do Vale do Silício. Elas começaram a ganhar destaque com a bolha da Internet nos anos de 1990.

No Brasil, esse conceito começou a ganhar força somente em 2010, sendo que, em 2022, existiam 11.562 startups ativas por aqui, com 28% delas do setor de tecnologia da informação (TI), 22% do setor de serviços e 16% do setor de varejo.

Como funciona esse modelo de negócio?

As startups são empresas nascentes e disruptivas, que têm um modelo ágil, enxuto, repetível e escalável de negócio, com isso podem expandir com um custo reduzido.

Elas têm um crescimento acelerado, pois lançam um produto ou serviço inovador que atraem um público grande em pouco tempo, e usam a tecnologia (softwares, plataformas e apps) em seus processos.

Aliás, essas operações digitais possibilitam diversificar sua atuação, como o Uber, que começou com o transporte de passageiros e, após um tempo, passou a trabalhar com delivery no setor de alimentação e com entrega de pacotes e encomendas.

Outro fator importante é que são empresas que colocam a experiência do consumidor em primeiro lugar ao desenvolver um produto ou serviço.

Até o momento, só destacamos as vantagens das startups, mas saiba que são negócios rodeados de incertezas em seu início, afinal estão atuando em um terreno que ainda não foi explorado no mercado.

Investidor-anjo

Temos que destacar também que a startup conta, em muitos casos, com o investimento de capital realizado por investidores-anjos, empresários que entendem a fundo do mercado e enxergam o potencial desse tipo de negócio.

Muitas vezes, é esta injeção de capital que possibilita a continuidade das atividades até que o projeto da empresa ganhe consistência e alcance o sucesso no mercado.

Quais as diferenças entre uma startup e uma empresa tradicional?

Quem tem vontade de empreender fica na dúvida se o melhor é começar como uma startup ou como uma empresa tradicional. Nesse ponto, é interessante saber quais as diferenças entre esses modelos de negócio.

Então, além de a startup ser um conceito voltado para a inovação, ter um formato repetível e escalável, ela se lança em um ambiente de extrema incerteza, o que não ocorre no modelo tradicional de empresa, que tende a explorar um terreno já conhecido.

Outra grande diferença entre os dois modelos de negócio está na rotina e relação de trabalho. A primeira dela é que a startup não tem aquela hierarquia rígida de posições no local corporativo: a ideia é que todos trabalhem lado a lado em um ambiente mais informal, que privilegia a troca de conhecimento.

Então, a palavra de ordem nas startups é a flexibilidade, que acontece também no horário do expediente. Dessa maneira, não há um horário certo de entrada e saída, o que se valoriza é a interação, criatividade, troca de experiências e produtividade. Logo, são modelos que se abrem também para o home-office, formato híbrido de trabalho e que possibilitam ao colaborador participar de várias funções diferentes na empresa.

Cabe acrescentar que as startups costumam ter equipes reduzidas e multidisciplinares e, como dissemos, não há nada de formalidade nesses ambientes, por isso os profissionais podem se vestir de uma forma mais despojada.

Muitas vezes, vários integrantes da equipe são os fundadores e fazem parte da sociedade, dividindo as tarefas e sendo responsáveis pelo desenvolvimento dos produtos e da administração da empresa.

Por último, a equipe é valorizada e pode ter participação nos lucros, com ganhos de acordo com o projeto que participam, por isso é um ambiente que, além do aprendizado, pode ser uma boa oportunidade de crescimento para o colaborador. Pode ainda ser uma escola para quem pretende se lançar no empreendedorismo no futuro.

Como você viu, a startup é uma empresa recém-criada que vai testar seu produto ou serviço no mercado, enfrentando, portanto, um cenário de grande incerteza. Por outro lado, caso a ideia seja bem-sucedida, ou seja, aceita pelo público, os lucros podem ser bem altos, fazendo o negócio despontar no mercado.

A Symplicity promoveu um webinar sobre o assunto, com a presença de Marco Romero Maia, CEO da Osten Games, HUB de aceleração, inovação e investimentos no mercado gamer. Quer saber como iniciar uma startup do zero? Assista ao vídeo abaixo e fique por dentro!

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Referências:
Conheça 5 características essenciais que definem uma startup

Saiba mais:
Como as startups crescem? Performances e discursos de empreendedores à procura de capital

Conteúdo produzido pela Symplicity Brasil e PUC Carreiras